O resumo da história é o seguinte: um dia, a dona da lanchonete deixa coxinhas e risoles para trás e se torna uma caçadora de obras raras. São primeiras ediçõescasa de aposta tigrinho, exemplares autografados, documentos e outros achados que passa a vender não no esquema de uma livraria, mas numa casa de leilões. Leva quem dá o maior lance.
A mineira Vera Nunes, 65, está há 25 anos no mercado de obras raras e é hoje uma das leiloeiras mais respeitadas por colecionadores do país. Ela trabalha no segundo andar de um centro comercial em São Paulo, onde vai reunindo o que encontra para vender em leilões que acontecem na última sexta-feira de cada mês.
Mas as vendas não acontecem ali. Hoje em dia, um leilão de Vera está longe do que o leitor pode imaginar, com alguém dizendo "dou-lhe uuuma… dou-lhe duuuas… dou-lhe três!" e batendo um martelinho na mesa. É quase tudo pela internet —mas as obras ficam expostas para quem quiser verificar o material em exposição.
Quando a reportagem a entrevistou, por exemplo, ela já tinha separado para o próximo leilão uma primeira edição de "Histórias sem Data", de Machado de Assis, publicada em 1884 pela lendária livraria dos irmãos Garnier. Também um volume dos "Poemas Negros", de Jorge de Lima, com assinatura do autor e ilustrações de Lasar Segall —a tiragem original teve só 300 exemplares.
"Sempre tive essa veia do comércio", diz a leiloeira. O caminho de Vera até o mundo dos leilões, contudo, foi um tanto improvável. Ela nasceu em Belo Horizonte e, quando criança, chegou a sonhar em ser escritora. Fez faculdade de jornalismo e tentou uma carreira na imprensa local, que foi curta —achou que não levava jeito. "Sentia angústia com os prazos apertados. E eu era muito tímida, sabe?"
tigrinho fortuneSonhava em ir para uma cidade maior do que Belo Horizonte e, em 1988, foi passar uns dias nos Estados Unidos. Resolveu ficar. Foram três anos em Nova York fazendo "serviços de imigrante", segundo diz —trabalhou como babá, cuidou de idosos e bateu ponto em uma padaria.
Jogue Agora—Aposte com confiança! Pagamentos rápidos via Pix, Recompensas diários e a melhor diversão. Jogue com segurança, rapidez e Recompensas exclusivos. Melhores apostas esportivas e jogos. Jogue Agora."Quando voltei para BH, vi que não tinha condições de ficar lá. Eu tinha uma reserva de dinheiro e vim para São Paulo", lembra. Morou em uma república em Pinheiros e resolveu usar o pé de meia para arrendar uma lanchonete na rua Augusta. O estabelecimento existe até hoje, fica na galeria em frente ao hoje Espaço Petrobras de Cinema.
Série História de Livraria explora a cultura de sebos no Brasil fortunetigerComo a Livraria Calil, mais antiga de São Paulo, virou uma 039;salvadora de livros039; Veja os Últimos Odds no Site
Foi nessa época que uma amiga da república começou a trabalhar na loja de gravuras que tinha entre os sócios o colecionador de manuscritos Pedro Corrêa do Lago. "No primeiro dia, quando essa amiga voltou do trabalho, ela disse: ‘Vera, eu comecei a trabalhar nesse lugar, mas ele não é meu, ele é seu’", afirma.
fortune tiger jogoConvencida, pegou o dinheiro que tinha para comprar uma televisão usada, adquiriu gravuras em um antiquário e colocou em consignação na loja de Corrêa do Lago. Quando foram vendidas, surpreendeu-se com o lucro —dava para comprar a TV e ainda sobrava. Devolveu a lanchonete e foi trabalhar na loja.
"Fiquei lá 11 anos. Fui aprendendo com o Pedro a identificar uma gravura original, um documento", diz.
jogar tigerCom o fechamento da loja, foi vender gravuras por conta própria e, com o passar do tempo, passou a acrescentar outros produtos —uma hora chegaram os livros, primeiro os usados ecasa de aposta tigrinho, depois, os raros. Hoje, tem uma reputação que poucos têm.
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