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Trump também intensificou sua retórica， repetindo ameaças de aplicar tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México， apesar do acordo comercial entre os países. Quando perguntado sobre a possibilidade de impor tarifas universais a qualquer país que faça negócios com os EUA， o presidente respondeu: "Talvez façamos isso. Mas ainda não estamos prontos para isso."

Na terça-feira (21)， Trump reiterou uma ameaça de campanha de impor uma tarifa de 10% à China como punição pelo fluxo de fentanil para o México e Canadá. Ele afirmou que isso poderia acontecer em 1º de fevereiro.

"Com base na experiência do primeiro mandato， podemos esperar que as tarifas sejam aplicadas mais cedo do que tarde"， afirmou Lipsky， acrescentando que a administração ainda não possui uma equipe econômica completa e quer estabelecer bases legais sólidas para essas medidas.

Trump parece priorizar ações contra os parceiros comerciais mais próximos dos EUA， dizendo que está se preparando para impor tarifas ao Canadá e México a partir de 1º de fevereiro.

No primeiro mandato， Trump não hesitou em atingir aliados dos EUA， invocando questões de segurança nacional para aplicar tarifas sobre aço e alumínio. Agora， ao direcionar publicamente o Canadá， analistas acreditam que ele está mostrando que nenhum país está a salvo do "homem das tarifas"， como se autodenomina.

O memorando comercial de Trump ordenou uma revisão das relações comerciais com Canadá e México até 1º de abril (uma data posterior à ameaça tarifária， que ele não explicou). Depois disso， iniciariam os preparativos para uma análise abrangente do acordo comercial USMCA (Acordo Estados Unidos， México e Canadá， na sigla em inglês)， em julho de 2026.

Uma prioridade destacada no memorando é a determinação de Trump em reduzir "migração ilegal e fluxos de fentanil"， especialmente vindos do México e Canadá.

Muitas cadeias de suprimento de fabricantes americanos， especialmente montadoras， dependem de operações nos três países. Essas empresas poderiam pressionar Trump a recuar em suas ameaças.

Na terça-feira， o primeiro-ministro canadense， Justin Trudeau， disse que o país está levando as propostas de Trump "a sério" e responderia com firmeza caso tarifas fossem impostas. A presidente do México， Claudia Sheinbaum， afirmou que focaria nos "decretos， e não no discurso".

Outras partes da política do presidente visam promover uma mudança abrangente nas relações comerciais de Washington com seus parceiros.

"Não espero ajustes pequenos"， disse Kelly Ann Shaw， parceira do escritório de advocacia Hogan Lovells e ex-conselheira comercial de Trump. "Mas sim uma revisão completa das ferramentas comerciais e econômicas， resultando em ações significativas."

As iniciativas delineadas no memorando incluem uma investigação sobre manipulação cambial. Trump já acusou a China de desvalorizar o yuan para aumentar as exportações.

O presidente também orientou o representante comercial， Jamieson Greer， a revisar os acordos comerciais dos EUA， incluindo o firmado no primeiro mandato de Trump， que visava aumentar as exportações para a China.

Vários trechos do memorando pedem que autoridades econômicas dos EUA analisem mais amplamente as relações econômicas com Pequim， incluindo uma revisão das tarifas existentes sobre produtos chineses.

Greer também foi instruído a identificar possíveis novos acordos que proporcionem maior acesso ao mercado para "trabalhadores， agricultores， pecuaristas， prestadores de serviços e outras empresas americanas". Isso indica que o segundo mandato de Trump pode estar aberto a novos acordos comerciais.

"Isso é um grande passo. Acredito quecadastre e ganhe bônus para jogar fortune tiger， em algum momento， veremos um projeto de lei comercial no Congresso"， disse Everett Eissenstat， parceiro do escritório Squire Patton Boggs. "Quando projetos de comércio começam a avançar， costumam ser muito significativos， e as leis raramente mudam."

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